quarta-feira, 30 de maio de 2012

Roda de Histórias para Bebês?

Quem foi que disse que bebês não podem ouvir histórias? Como já escrevi aqui antes, eu acredito que eles podem e devem ouvir histórias desde a barriga. Mas é claro que existem algumas dicas para que dê certo. Eu lembro que quando a minha filha era bem bebezinha, o pediatra dela que é muito bacana, me perguntou na final da consulta se eu tinha algo a "reclamar" da Maria Flor. Antes que eu falasse qualquer coisa, ele alertou: "Antes de você responder, vale lembrar que ela é bebê e bebê não gosta, por exemplo, de ir pra barzinho tomar chopp com amigos e nem assistir uma missa inteira.". Ou seja, esse tipo de reclamação não vale. A mesma ideia segue para a contação de histórias. Escuto com frequência: "ah, meu filho não fica parado" ou então "meu filho só gosta de música", ou ainda "ih, ele destroi todos os livros...". Claro, ele é bebê! Portanto, Roda de Histórias para Bebês soa estranho mesmo porque para que ela seja de verdade, tem que ser muiiiiito bem pensada e planejada. Com narrativas bem curtinhas, poesias, tudo muito rimado, com materiais próprios para os bebês mexerem, com livros adequados para que eles manipulem e com muita, mas muita música!
Ah, e só mais uma e importante dica: A presença de um responsável carinhoso e paciente é imprescindível para o sucesso do encontro. E sucesso nesse caso significa alegria. Se esses detalhes forem levados em conta, no final, os comentário mudam! "Nossa, ele adorou. Impressionante!".
*Esse mês tenho alguns bebês me esperando pra contar histórias: A primeira é a Luiza, que vai fazer 2 anos e adora histórias de lobo mau.Aguardem as fotos!

domingo, 13 de maio de 2012

Roda de Histórias no Quintal!

Poucas casas de festas são acolhedoras e oferecem uma festa tranquila para os convidados e as crianças. São nessas casas que uma Roda de Histórias funciona bem. Ontem foi dia de contar histórias na Quintal Buffet Infantil, que sou fã (http://www.quintaleventos.com.br/). Infelizmente, algo muito triste aconteceu minutos antes de eu entrar na casa. Parei o carro para pedir informação ao segurança da casa e um homem, no carro de trás, ficou extremamente alterado, xingou, gritou e ameaçou sair do carro. Isso porque a minha parada não durou 20 segundos. Além do mais, havia uma senhora no carro à minha frente tirando um bebê da cadeirinha. Depois que andei com o carro, o trânsito parou de novo 5 metros a frente. Ou seja, a minha parada realmente em nada atrapalhou a vida dessa pessoa grosseira que tristemente cruzou o meu caminho. Bom, eu trabalho sorrindo, sou intensa no que faço e me entrego numa contação de histórias, fiquei bem preocupada com isso. Entrei, ainda nervosa, tomei um copo de água, fui ao banheiro lavar o rosto e pedi forças para começar. Parece que deu certo, uma menina chamada Clarisse, de nove anos, sentou ao meu lado pra ajudar. Detalhe, a roda era para os pequeninos e, normalmente, os mais velhos ficam pouco tempo comigo. Dessa vez foi diferente, eles até mudavam de lugar mas os olhos ficavam grudadinhos nas histórias... As pessoas iam chegando na festa e sentavam, a aniversariante mamava e me olhava de rabo de olho e quando a música era interessante pra ela, parava e sorria. Nunca recebi tantos elogios numa única festa, nunca entreguei tantos cartões e nunca tive tanta certeza de que as pessoas boas, de boas intenções, que estão aqui pra doar amor são protegidas!

Roda de Histórias no Jardim Botânico

Por motivo de obras, o Café Botânica, do Jardim Botânico, não está marcando muitas festas esse ano e meu coração anda apertadinho de saudade. Eis que recebo uma ligação, no meio da semana, de uma mãe querida chamada Cristina: "Giovana, você fez uma Rodinha pra minha filha no ano passado. Agora chegou a vez do meu filho e vou fazer no Jardim Botânico!". Mas, é claro que vou! Chega um compromisso pra lá e outro pra cá, arruma a agenda direitinho e vamos à festa do Lucca. Quando chego lá, pra minha surpresa, as crianças me reconheceram e disseram imediatamente: "Trouxe o saci?". Claro que o saci foi, a mãe já tinha me alertado que eles curtiram muito da outra vez e sugeriu até repetir a brincadeira de caçar, agora dando pra eles (pq eu só posso emprestar, rs) como lembrança da festa, a lente e a lanterna. Adorei e matei a saudade. Pra mim, de verdade, aquele lugar é mágico!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Roda de Histórias e a Autonomia

Mês de abril é o mês do livro. Mês de comemoração nas escolas. Esse ano, fui convidada a fazer dois grandes eventos: no Colégio Imaculado Coração de Maria e no Centro Educacional Estação Futuro. E Roda de Histórias em colégio normalmente é assim: várias sessões, vários grupos, muitas crianças, grupos grandes... Uma ótima oportunidade de trabalhar a autonomia com eles. Sim, porque uma Roda de Histórias exige concentração, participação, respeito ao companheiro, à contadora, ao espaço físico, aos materiais, etc. Primeiro, eles devem saber o que vai acontecer (na verdade, primeiro, quem deve saber o que vai acontecer são as professoras, claro. Mas, isso nem sempre acontece). Devem saber que contação de histórias não é teatro, nem teatrinho, nem recreação... Depois, é importante que eles saibam como se comportar para não atrapalhar o resto do grupo, já que não cabe à contadora ficar chamando a atenção. Ah, e que isso não significa que eles não podem falar, se expressar, contar histórias também. Por último, reservar um ambiente acolhedor para que as crianças se sintam bem durante o evento é essencial. Exigir que elas fiquem de "pernas de chinês" e em roda durante 45 minutos nem sempre é confortável para todas. Essa preparação inicial numa conversa prévia é bom pra todo mundo. A escola cumpre o seu papel, oferecendo um momento bacana para os alunos; e o profissional fica feliz por saber que de verdade a mensagem foi passada.  É bom demais, pra gente que conta histórias, ver que no final ninguém quer ir embora! (Já ia esquecendo uma dica muito boa, repare na intervenção das crianças na hora da história. Isso dá pano pra manga e pode ser tema de trabalho para um ano inteiro!)