segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Colônia de Férias: Manual de Uso


Estamos caminhando para a última semana da colônia de férias e ainda temos muito o que lembrar... aliás, os lembretes são sempre úteis e necessários. Eu, como mãe, por exemplo, adoro!
Para começar, é bom lembrar que a nossa colônia de férias é muito específica e um pouco diferente das outras do nosso bairro. Ela é criada, pensada e preparada para os pequeninos de 3 e 4 anos. Claro, que os mais velhos que estão acostumados com o trabalho são sempre bem-vindos, e adoram. Mas nosso ritmo prioriza os menores. Nosso grupo é pequeno, nossas atividades são dirigidas, nossa liberdade é monitorada, nossos educadores estão acostumados com essa faixa etária, nosso objetivo é a autonomia e nosso recurso é o prazer. Esse público, ao meu ver, nos exige um movimento muito particular, uma atenção maior e um material específico de trabalho. Com isso, algumas crianças, que não estão nessa faixa etária, mas que necessitam desse mesmo movimento, dessa mesma atenção e que curte esse material, acaba ficando bem com a gente também. Esse ano, tivemos uma amiguinha que estava aguardando a chegada da irmã, que ainda estava na barriga da mãe. Resistiu nossa aproximação, nosso lanche e nosso banho de mangueira... mas essa menina tem pais parceiros, daqueles sensíveis, que entendem e não desistem. E a nossa colônia tem crianças parceiras, sensíveis e que não desistem. Sorte da menina! Na última semana éramos as melhores amigas, ela virou minha ajudante e curtia todas as atividades da sua maneira, porque foi respeitada.
Álias, esse ano tivemos 3 crianças que virarão irmãos mais velhos em breve. Os 3 com pais parceiros. Um não quis ficar, porque precisava ficar do ladinho da mãe. E ficou. A outra precisava conversar comigo o tempo todo, e conversamos, e ela amou estar na colônia.
Seguindo nosso Manual de Uso da colônia, sugerimos também que as mochilas, as toalhas e as roupas de banho não sejam trocadas com frequência. Isso facilita na hora da gente guardar na mochila das crianças.
E se os pequenos querem levar brinquedos pra colônia, ótimo. Mas lembrem a eles que devem cuidar e levar de volta pra casa. É importante que essa responsabilidade seja dividida com as crianças, até porque eles podem dar conta e quando conseguem, é sensacional! A autonomia é construída assim, de pouquinho em pouquinho, todos os dias, todas as horas! Inclusive nas férias!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Férias de pés descalços e joelhos ralados

O prazer de pisar no chão cheio de areia e pedrinhas não dá pra descrever aqui. Tem que sentir. E é isso que estamos fazendo o tempo todo na colônia de férias, experimentando sensações novas! Às vezes difíceis, mais incômodas... aí aprendemos a desviar, a andar com mais cuidado... E não é assim que tem que ser? O legal é que temos tempo e cuidado para isso! 
Tem horas que dá vontade de correr e as pedrinhas atrapalham, não tem jeito. Tem tropeço e tombo, mas quem disse que esse ano eles querem parar para colocar remedinho e band-aid colorido de personagem? Levanta e vai de novo, porque o que nos motiva é o prazer de viver cada momento!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Colônia de Férias de Histórias

Começou o mês mais lindo do ano... Além de ser o mês do aniversário da minha filhota, é o mês de férias! Há alguns anos eu coordeno a colônia de férias para escola que trabalho. Como já falei por aqui, a escola é especial de verdade: num casarão, as crianças brincam, aprendem a ser autônomas e são respeitadas. Os projetos são bem bacanas, as festas são coerentes aos projetos e eu morro de orgulho de fazer parte disso tudo. Nas férias, procuro seguir a mesma linguagem que utilizo ao longo do ano. Mas, nas férias tudo tem um sabor especial. Nosso momento de convivência (meu com eles) é maior, nosso espaço é um parque e nosso material é o mais diferente possível. As histórias abrem caminho para as atividades, que têm o objetivo de fazê-los experimentar sensações e sentimentos. É onde eu coloco em prática, com mais expressividade, tudo o que acredito e tenho como filosofia no meu trabalho em desenvolvimento infantil. Trocamos emoções através das histórias, experimentamos sensações através dos materiais como gesso, argila, tinta, cola, gelatina, farinha, plástico bolha, etc. e reconhecemos sentimentos ouvindo, falando, pisando nas pedrinhas do chão sem sapato, esperando a vez, batendo um bolo. A nossa maior particularidade é fazer isso tudo pensando nos pequeninos, nosso grande público. Para isso, conto com profissionais que estão acostumados a trabalhar com a primeira infância, atentos, cuidadosos e ajustados ao ritmo dos menores. Agora preciso ir, porque tem muito trabalho pela frente. Hoje foi só o primeiro dia!