quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Direto ao coração...

Crescemos demais com as críticas. As críticas bem intencionadas fazem com que a gente reflita, amadureça, tome outras atitudes. Digo isso de carteirinha, porque minha formação como contadora de histórias foi com gente bem mais velha, com anos de estrada, larga experiência pessoal e profissional. As críticas são realmente importantes, agora... os elogios... Ah! Os elogios sinceros vão direto ao coração. E quando são exatamente sobre aquilo que você escolheu pra sua vida, aquilo que faz com amor, com dedicação... nossa! É impossível descrever.
Uma vez, quando eu acabei a roda de histórias, a avó do menino que estava recebendo os amigos chegou pertinho de mim e disse... "posso te dar um abraço? Estou emocionada com o seu trabalho." Pronto. Suficiente pra me encher de alegria e esperaça pro resto da vida. Semana passada um aluno meu, na sua expressão máxima de felicidade disse "vem cá, minha xuxu-pagodeira". Não tenho a menor ideia de onde ele tirou isso, o pagodeira ele explicou que era por causa do pandeiro, mas o resto nem ele sabe. rs. Amei! Outro dia, foi esse email que eu copio aí embaixo. Vocês vão ver que é fofo. Simples e fofo. Que faz qualquer um pulsar de paixão e seguir em frente!

" Oi Giovana, tudo bem?

Estou escrevendo pra agradecer por domingo, foi ótimo e acho que as crianças adoraram! Várias pessoas vieram elogiar o seu trabalho e pegaram os cartõezinhos que você deixou. Quando eu tiver as fotos da festinha mando umas especiais da rodinha pra você.

Obrigada mesmo pelo lindo trabalho!

Até a próxima oportunidade

Um abraço, Katia"


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Histórias: Quanto antes melhor!


Essa semana que passou respondi duas vezes a mesma questão, que vira e mexe aparece: "mas a minha filha só tem três anos (ou dois ou um...), não vai ficar numa Roda de Histórias". Hoje em dia, acredito tanto no que eu faço, minha dedicação é tanta e o resultado surge a cada dia na minha frente que eu já respondo brincando assim: "você que pensa!" (rs).
A primeira mãe, claro, tinha toda a razão de ter dúvidas em contratar uma Roda de Histórias para festa dela, afinal de contas a aniversariante só está completando um aninho. Mas a segunda não, a filha vai fazer três e ela acha que só um mágico pode dar conta.
Não é fácil mesmo prender a atenção de bebês de um e dois anos com histórias e não é essa a minha proposta. As Rodas de Histórias para os pequeninos são bem musicadas, rimadas, com narrativas bem curtas, poesias e intercaladas com apresentação de objetos sonoros, brinquedos, tecidos... eles interagem o tempo todo e podem, claro, levantar, sair, voltar, cantar, pegar as coisas, brincar, gritar, morder... ou seja, não se cobra a atenção deles e sim, a alegria!
Agora, com três anos... a história, literalmente, é outra. É uma fase em que se fala "Era uma vez..." e eles já embarcaram, chegam rapidamente no mundo do faz de conta, gostam de explorar o livro e participam demais. Ainda são muito concretos, seu tempo de percepção não é muito longo, mas como gostam de um livro... e a Roda de Histórias pra essa idade é adorável!
Na verdade, uma coisa é certa: quanto antes começarmos a contar histórias para as crianças, mas elas gostam, procuram, participam, criam em cima, desvendam os problemas com o herói, descobrem e resolvem bem seu lado "lobo mau". Contar histórias nada tem a ver com o saber ler ou escrever. Contar histórias para uma criança é se comunicar com ela. E isso pode, ou melhor, deve ser feito até quando ela está na barriga!