segunda-feira, 23 de abril de 2012

Uma Roda de Histórias Bem Colorida para a Maya!

No último domingo, a Maya teve uma Roda de Histórias pra ela e pros amigos! E o que é mais legal é que ela só estava completando 1 aninho... Nessa idade, eles sentam, levantam, cantam, se sacodem com a música, querem bater no pandeiro e me olham de verdade cada vez que eu mudo a entonação. Normalmente, as mães ficam ansiosas para saber se vai funcionar, porque uma Roda de Histórias para bebês, convenhamos, é bem duvidosa. Só que uma Roda de Histórias para bebês não é feita só de histórias, é feita de sons, objetos, canções, versinhos... e feita de gente, que troca olhares, que brinca, que quer pegar tudo, experimentar, cantar, dançar. Por isso, eu acho que dá certo quando as mães sentam junto, estimulam o bebê a participar e participam também. Adivinha qual foi a criança que ficou comigo do começo ao fim dessa roda? Acertou quem disse que foi aquele menino cujo a mãe também ficou e foi a primeira a responder quando eu perguntei na canção da formiguinha... "Cadê o pé?" ;o)
Parabéns Maya, Parabéns Patricia... a festa estava linda!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

É conversando que a gente se entende

Normalmente, uma roda de histórias começa quando todas as crianças se calam. Quando sou eu a contadora, a roda começa quando todas as crianças já falaram. Isso porque o meu objetivo é incentivar a comunicação e a expressão deles. Foi com esse bate-papo inicial que eu descobri que a mãe de João e Maria não aparece na história porque já morreu e virou estrelinha, assim como o avô da menina de 3 anos que concluiu. Também ouvi que a mamãe urso, da história da Cachinhos Dourados, era médica e pude desfazer a confusão: "Médica?" "Sim, Giovana, o papai-urso é grande; o bebê urso é pequeno e a mamãe-urso é médica." "Ah, tá... média!". E a preocupação do mais levado em dizer que a "missão" da história é não mexer nas coisas dos outros sem pedir.
No ambiente escolar, nem sempre as crianças são ouvidas, infelizmente. E logo na educação infantil, onde elas estão aprendendo a se comunicar... uma pena. Acho que isso acontece porque às vezes é muito conteúdo, muita atividade pra fazer (apesar de não entender qual atividade seria mais importante do que conversar). Às vezes, porque é preciso se manter num status de professor, coisa de 1940 ou de problema pessoal. Às vezes, é porque "é só criança" e maternal é pura perda de tempo pra quem tem faculdade (ouvi isso essa semana!). Enquanto isso, sigo vestindo a camisa de que a criança merece todo o ouvido e respeito do mundo. Em qualquer idade! E por isso sigo sendo a professora E.T., que deixa a turma falar, cantar e dançar. Devo ter a maior fama de professora que não sabe controlar a turma. Por mim, tudo bem! Meu objetivo é outro, e não tem a ver com controle. Tem a ver com autonomia e imaginação.