quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Alô, você faz animação?

Essa semana recebi uma ligação começando com essa pergunta. Acho ótimo, porque tenho a oportunidade de explicar bem o que é uma roda de histórias. (E quem bem me conhece sabe que devo ter acabado com os créditos da moça do outro lado da linha). Pois, não é sempre ou em qualquer lugar que uma roda de histórias funciona bem. O problema é quando vem, depois de tanta explicação, a pergunta... "mas você não faz um desconto?Afinal de contas, você fica só uma hora com eles, né?" Aí, eu murcho, porque todo meu empenho foi em vão.
O que acontece hoje em dia é que muito pais querem algo que segurem a atenção da criança ao longo de toda festa, como se uma criança pudesse ceder 3 ou 4 horas de sua atenção para algo específico. Engano total. Pode ser a melhor e mais bem equipada animação. Não adianta, tem quem prefira o pula-pula, o cachorro-quente, o pique-pega ou o colo da tia. Mas, aí... vem uma outra ideia que me dá medo. Os pais querem algo que "cuidem" do seu filho para que eles curtam a festa também. Outro engano horrível! O animador que cuida, não é animador. Animar significa dar ânimo a algo. Quando eu conto histórias com o livro, estou dando ânimo, ou seja, animando a leitura. Quando meus alunos falam que um monte de objeto é um barco, eu animo dizendo "ah é
? E tá indo pra onde?" (essa eu aprendi essa semana, com a Natalia, no Ateliê - Centro de Desenvolvimento Infantil).
Voltando ao assunto da festa... imagina quanta coisa existe nela além de
pula-pula, cachorro-quente, pique-pega e colo da tia. Imagina agora, além disso tudo, uma hora de histórias pra se emocionar, pra curtir juntinho com o filhote, pra rir, pra cantar... é bom demais! Depois, tem o bolo, os docinhos, mais pula-pula, mais pique-pega...

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