segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mudar de escola dá trabalho ou, pelo menos, deveria dar...

Há poucos dias, fui com uma amiga querida procurar uma nova escola pra filha dela. Primeiro, fomos visitar a que nos foi recomendada. Dessa mesmo, que é uma gracinha, tirei a primeira lição do dia: "nenhuma escola é mais ou menos construtivista. É ou não é.". Concordei e gostei muito do lugar de cara. Mas, a realidade é cruel. E logo na segunda, descobri que as instituições de ensino infantil acham que é bacana ser construtivista. Ou melhor, dizer que são. A coordenadora da segunda visita, antes de nos mostrar a escola, nos sentou na sala dela para passar os valores, fez questão de mostrar os trabalhos das professoras habilidosas e dizer que compra uns pintos em Madureira quando tem algum projeto sobre animais. Quem me conhece, já sabe o que eu pensei... Socorro! As pessoas não sabem o que estão dizendo e não tem mais vagas! É... o construtivismo tá longe de ser entendido. Muito menos respeitado. A falha está lá na formação desses profissionais, mas está também naqueles que consomem. Muitas pessoas matriculam as crianças na escola mais próxima de casa, na mais bem pintada, naquela que tem livros e trabalhinhos desde o Jardim 1, naquela que ensina desde os três anos a contar em inglês. Escola de Educação Infantil deixou de ser há tempos um lugar apenas de assepsia e cuidado, e também não pode ser, na ânsia de conquistar o mercado, uma fábrica de "projetos", recheada de concretos conteúdos para criação de tijolinhos todos iguais de aprendizagem. Escolher a escola nova para o filho dá trabalho sim. Tem que entrar, perguntar, olhar pra cada profissional, perceber se o comportamento deles é legal, ouvir o que as auxiliares estão conversando, ver se as pessoas da limpeza estão satisfeitas, prestar atenção nos trabalhos que devem estar expostos... além das outras coisas importantes que só uma mãe consegue enxergar. Eu disse mãe, porque já me contaram que as babás agora também assumiram essa função.

3 comentários:

  1. Essa tarefa é árdua! Já saí de escola com nó na garganta... vontade de chorar mesmo pelo que vi na "instituição"...
    Tem que garimpar, visitar mil vezes os lugares que mais gostoum, perguntar e inclusive "falar umas verdades" para os lugares também... enfim, coisas que só uma mãe e/ou um pai pode fazer! Essa da babá me chocou!
    Boa sorte pra Dani e pra Nina! Espero que encontre um escola tão especial como é a "nossa"!
    bjs

    Karina

    ResponderExcluir
  2. Oi Gi,concordo com tudo!!!!!! Acho a troca às vezes necessária, por causa da mudança de fase escolar!!!! Talvez uma escola que tenha um perfil diferente, com linha pedagógica à qual a criança possa se adaptar melhor, contribua para seu desenvolvimento escolar!!!!Não e a escola que tem que se adaptar à criança e sim à criança a escola!!!!!!Isso foi oque aconteceu com o Luiz Henrique.........Estou hiper satisfeita com a Dinamis......Recomendo.

    ResponderExcluir
  3. Gi, estou nesse dilema... O Mateus está em uma creche super de confiança (só prá sentir o drama a dona é minha conhecida há pelo menos 20 anos). Entretanto, o espaço físico é mínimo ... A sensação que tenho é que ele está vestindo um tamanho menor, entende? Estou tão incomodada com isso que resolvi conhecer outros lugares... Mas ô dureza! Ouço e vejo coisas de arrepiar os cabelinhos. Mas vamos lá.. a procura dá trabalho, né?

    ResponderExcluir